O nascer do dia 15 de Fevereiro de 1941 foi para os alvaladenses igual a qualquer outro característico de um mês de Fevereiro normal, salpicado aqui e ali por alguns momentos de chuva. Mas, a partir das nove horas da manhã, a tranquilidade da povoação foi abalada por um fenómeno metereológico sem precedentes nos registos históricos nacionais, que ficaria conhecido pelo “Ciclone de 1941”. O país seria fustigado por ventos ciclónicos semeando um rasto de morte e de destruição que durou cerca de 12 horas. Doze longas e intermináveis horas…
Em Alvalade, das habitações voaram centenas de telhas como se fossem folhas de papel. Poucos segundos e umas quantas rajadas de vento foram suficientes para arrancar a cobertura de fibrocimento do pavilhão do Posto de Culturas Regadas. A Pensão Guerreiro, na rua da Cruz, e a residência da família Aires, onde pernoitou o rei D. Miguel, foram despojadas das platibandas que encimavam as respectivas frontarias. No campo, o cenário era dantesco. Milhares de árvores arrancadas pela raiz e muitas culturas destruídas.
Com os postes do telégrafo pelo chão, a linha férrea e as estradas de acesso à vila invadidas de destroços e troncos de árvores, a freguesia ficaria completamente isolada por uns longos 10 dias, criando grandes dificuldades para restabelecer a normalidade na vida da população. Em Vale de Lobo, as rajadas de vento deitaram ao chão um homem de 75 anos, dentro de um lamaçal. Ali morreu, por não conseguir levantar-se. De susto ou de ataque cardíaco, também outra idosa, de 85 anos, lá morreria na mesma herdade tendo sido ambos sepultados no dia 17. Um dia trágico que fica nos anais da freguesia e que ainda permanece vivo na memória dos alvaladenses mais idosos.
Testemunhos:
Augusto de Brito Mestre: Eu morava com os meus pais, no Malhão, ao pé de Ourique. Tava muito frio, muito vento, estava em casa. O vento levantou as telhas, a minha mãe vá de chorar, viemos assomar à porta só o que se via eram árvores a cairem e depois já estávamos em cuidados com o meu pai que estava lá para o sobreiral. Ele era pedreiro. O vento era tanto e tão forte que arrancou as telhas todas do curral onde as ovelhas ficavam. Uma telha de zinco ficou espetada numa árvore aí quase um palmo.
Germínia Felix: Morava na Mal Assentada, estava a servir (era empregada do João da Defesa), tinhamos o pão amassado e estávamos a pôr a lenha no forno. Não conseguimos pôr a lenha, assim que iamos pôr no forno o vento pegava-lhe e levava pelos ares e viamos os chaparros a cairem na frente do monte, pernadas, lenha, tudo naquele chão, mais à frente era a “arramada”, abalou tudo, portas e tudo, com o vento. Depois viemos prá Vila, num carro de mulas, viemos pra casa da comadre Bia, a mãe do João da Defesa e cá na Vila o que vimos foram telhas muitas telhas caídas e paredes derrubadas.
Manuel Ramos: Morava numas casas do lavrador Ilídio dos Coitos com os meus país e o meu irmão Luis. Aquela ventania começou de manhã, e lembro-me de ter saído de casa e fui com o António Ilídio para a rua Atrás dos Quintais ver aquilo. Lembro-me da tabuleta por cima da porta do telégrafo-postal ter sido arrancada com o vento, e ter ido parar à várzea e do fio do telégrafo que quase apanhou a cabeça de um senhor chamado José das Vacas. Foi uma ventania tal que tantas árvores derrubou nas herdades, que depois vieram carvoeiros de propósito para fazer os fornos para carvão feito das árvores que caíram. Na Torre Vâ alguns fornos vieram na enxurrada da ribeira que encheu uns dias depois, quando choveu muito.
Benvinda Luísa Borges: Morava na altura num areeiro ao pé dos Bicos. Aquilo era só cair pernadas, cairam montes de árvores. As telhas voavam por cima da gente, se fossem mais baixas até nos atingiriam. As pessoas ficou tudo alarmado. Nunca se tinha visto uma coisa assim, parecia o fim do mundo. Apareceu lá um homem, ai como é que o homem se chamava? A gente tinha medo dele, era um maltês, mas o homem, coitado, não se dava seguro até que se atirou ao chão e foi assim que o vento não o fez cair. Muito medo, muito medo…
Gregório Magro Soares: Eu morava, se enganado não estou, nas casas onde mora a Florinda Duque, e nesse dia caíu a platibanda lá do prédio, mas aquilo agora está tudo modificado. Eu, o escrivante e o irmão dele fomos à lenha à Ameira ou ao Vale de Santiago, e quando a gente abalámos não havia vento e nem chovia e quando chegámos a umas quartelhas na terra da Ameira começa a fazer vento e a gente não dávamos rompido e eu disse: “ Olha lá moços, a gente volta mas é para trás, que a gente não consegue avançar com o vento”. Voltámos para trás, não trouxemos nada mas antes encostámo-nos a uma árvore. Ficámos lá um grande bocado e eu às tantas digo: “Olha lá moços, a gente vamos mas é embora”. Passados aí uns cinquenta metros, olho para trás e disse “Olha então a puta da azinheira caíu!” Aquilo foi por um triz não apanhar a gente. E viémos e não trouxemos lenha. No outro dia fomos e trouxemos lenha, pernadas, cada um a sua pernada. Havia tanta lenha, tanta lenha, mas eles não deixavam trazer a lenha nesse tempo, era um caso sério para a gente trazer um feixe de lenha ou uma pernada. Mas no próprio dia do ciclone, quando voltámos vimos a platibanda caída e os telhados a descoberto, parecia que tinha havido ali uma guerra. Eu tinha uma horta na Sapa. Haviam ali uns pinheiros, onde está a fábrica do descasque. Os pinheiros foram arrancados e foram levados pelo vento para a ribeira perto do Porto Beja. E as telhas de zinco que estavam ali na Sapa, nesse tempo estava ali o João Sapinha, o vento arrancou-as foram ficar lá pra cascos de rolha nas terras de Conqueiros. A Gelica, que morava ali na Quinta dos Mudos, numas barracas, ia saindo porta a fora da barraca, o vento pega nela, e andou naqueles ares. Ouvi dizer, que eu não fui lá ao pé, que passou por ali um senhor, não sei se vinha ou ia para a Borbolega e correu e salvou a garota que naquele tempo era pequenina.
Silvestre António: Eu residia no monte da Caniceira. Os meus pais trabalhavam lá com um rebanho de ovelhas, eu tinha dezassete anos nessa altura. Estava lá numa eira, quando ouvi o vento vinha rijo e vejo as telhas todas a voar, telhas de zinco, tudo no ar. Fez muitos estragos, arrancou laranjeiras, havia um moinho de água que desandou mas não chegou a ser arrancado pelo vento. As pessoas logo admiraram-se, aquilo era um monte de pouca gente, eram aí uns três casais. Na vila não sei os estragos que houveram porque nesse tempo vinhamos pouco à vila. Agora lá no monte, isso foi um pandemónio, uma coisa horrível para quem a viveu.
Mariana Peres Lança: Lembro-me que quando me levantei foi praticamente quando começou a fazer aquele grande vento e cada vez mais vento. Lembro-me que o meu irmão foi prá lenha. O meu irmão se eu tinha 7 anos ele tinha 12 e já andava a carregar lenha. Eu morava na altura na rua da Cruz com os meus pais e os meus irmãos. O meu irmão foi com mais dois à lenha e o vento cada vez maior e eles não conseguiram juntar lenha nenhuma e vieram embora. Chegaram àquele cruzamento que vai para a Ameira, a seguir à ponte de madeira, e diz ele assim : «Ai vamos agasalhar aqui atrás desta árvore», Ele agasalharam-se atrás da árvore por causa do vento mas viram que aquilo cada vez estava mais forte e abalaram, diz ele que andou poucos metros, e a árvore caíu. Foi por um triz que não foram atingidos pela árvore. Lembro-me que aquele vento continuou e ouvimos dizer que havia muitas árvores caídas e depois casas a cairem. Lembro-me que na minha rua caíu a platibanda da casa da mãe do Xico Fernandes, a gente até lhe chamava a Vizinha. E o engraçado é que eu pensava que a mulher se chamava Vizinha. Muito mais tarde é que descobri que o nome da mulher era Maria Ana. Houve uma miúda que ia a entrar nessa casa, ainda se feriu com os fragmentos. Caíu tambem a platibanda da casa que era do Sr. José D’Aires, e aquele vento depois só acalmou lá pró lado da noite. As pessoas diziam : “Isto é um ciclone, isto é um ciclone e não damos conta de nada”. No outro dia só o que se via eram pessoas com pernadas de lenha «arrojo».
Elvira Gertrudes: Eu morava na rua Luis de Camões. Vivia com minha mãe Francisca Gertrudes, o meu pai Cândido José Malveiro e os meus irmãos. Estávamos eu os meus pais e meus irmãos de roda do lume. Foi de manhã, o tempo estava nublado, depois começou tudo a tremer e os telhados a voarem. As pessoas foram para a rua, gritando, aterrorizadas. Muita gente na rua. Quanto aos estragos, já não me lembro muito bem, mas eram quase todas as casas e isso durou aí uns vinte minutos. As árvores da Ameira cairam e a foram arrastadas pelo vento e depois de tudo passar fomos ver os estragos.
José Raposo Nobre: Nesse dia estava em aulas onde é hoje a Casa Paroquial e estava a estudar para o exame de admissão aos liceus. Eramos só dois alunos. Eu e o José da Paz Bica e o professor era o prof. Carvalho. Cerca das 10.30h começou a sentir-se uma ventania enorme, ventos de 150 a 200 Kms, havia a escola das raparigas, no edificio que era do sr. José Aires que foi demolido para se fazer a Casa do Povo e eu vi cair a platibanda do edificio e voar o telhado do mesmo. Nós estávamos junto à janela que dá para a Praça e vimos cair a platibanda e o telhado desapareceu. Nunca mais lá houve aulas, e as raparigas passaram depois para a Misericórdia. E outra coisa que recordo bem, foram os candeeiros da iluminação pública que nesse tempo eram a petróleo, os ferros não cairam, mas os vidros com a força do vento partiram-se todos. Viam-se também telhas de zinco a voarem no céu, das barracas que existiam em volta da vila, onde tinham gado e outras coisas. As árvores cairam, enfim tudo o que era para cair caiu. Paredes, telhas, vidros, etc. Eu nasci em Sines, tinha na altura 11 anos e eu e os meus pais no dia seguinte fomos a Sines e eu chego ao muro da praia de Sines e verifiquei com espanto que no local onde havia areia, a mesma tinha desaparecido dando lugar as rochas. Impressionante. Onde havia antigamente a chamada casa dos banhos quentes, que era onde aqueciam a água do mar e as pessoas tomavam ali banhos quentes, isso desapareceu completamente, nunca mais existiu. Para mim as imagens que guardo foi a destruição de casas, das árvores e a partir daí houve até grande negocio de madeiras e a praia de Sines sem areia. Inclusivamente, descobriu-se nessa altura o casco de um barco que tinha naufragado e a quilha do barco veio dar à praia. Aqui em Alvalade, eu morava no actual Posto da Guarda, o meu pai era o comandante do posto nessa altura.
Vírgilio Borges: Andávamos a trabalhar na vinha de Conqueiros, no tempo do Tiago Belchior, que era o nosso encarregado. Andávamos a tirar o esgalracho na vinha e então no dia do ciclone, era quase meio dia, o homem pensou em a gente ir ao monte almoçar, não só por causa do tempo que não estava bom, mas para recebermos lá o dinheiro porque era sábado. Chegámos ao monte e vá de fazer vento, ate havia umas serras de palha ali perto do monte, de fardos de palha, foram comidas até abaixo, não ficou nada. O vento levou aquilo tudo. Chegámos ao monte, à adega, e tinhamos que andar a desviar-se das telhas. Ficou aquilo tudo destelhado lá em cima e resolvemos, como o vendaval era muito, a ribeira vinha enchendo, e havia um pau para a gente passar cá na ribeira com um arame desses de fardos a servir de guarda, vir embora mas aquilo era um enredo que estava ali e com o vento que fazia não conseguimos passar. Uns três ou quatro passaram ainda, mas os outros já não conseguiram. Então falou-se lá com o feitor, deram lá comer à gente e dormida, na cocheira das bestas, nas mangedouras. Estava lá muita gente de Alvalade a trabalhar. No outro dia quando chegámos à vila era tudo destelhado, tudo destruído. A gente nunca tinha visto uma coisa daquelas.
Alfredo Fernandes Maximino: Eu residia aqui em Alvalade, no Largo dos Cafés, onde vivia com os meus pais e as minhas quatro irmãs. Começou-se a ouvir um grande barulho que era o vento que se vinha aproximando e vinha derrubando árvores. Á volta de Alvalade eram só oliveiras e as ramas das oliveiras passavam pela rua Almirante Reis e desciam pela rua do Posto e iam dar à várzea. E também se viam telhas de zinco voarem e vi também uma serra de palha onde entrou um remoinho dentro e levou-a toda. Essa serra estava na várzea que era do senhor Manuel Gertrudes. Nós tinhamos uma cabra num rebanho que era do senhor Sebastião Ferro, na rua da Bica, e eu estava dizendo : “ai a nossa cabrinha onde é que ela estará?” Nisto ela entra-nos para dentro de casa, abandonou o rebanho e veio para casa sozinha. E o temporal a correr em forte, foi às 11 horas. E foi à hora de ele estar mesmo forte que nasceu o Joaquim Fernandes Lança, cuja alcunha é hoje o Ciclone.
Francisco Cândido: Então eu nasci em 1929 na rua Luis de Camões. Ainda hoje moro nas mesmas casas. Eramos seis irmãos, com o pai e a mãe eramos oito pessoas e nesse dia do cicloino, fui pró campo e estava parado quando ouvi um barulho que era as galinhas, os galos e os cães a uivarem. Não me apercebi do que era, quando ao fim de um bocadinho levanta-se aquele grande temporal e eu estava com um companheiro também com 12 anos que era o Manuel Firmino. Iamos à lenha, ouvimos aquele barulho, quando a gente vê aquele vento e as árvores além à rés da ribeira. O vento arrancava-as e iam logo para dentro da ribeira, e vai o meu companheiro e diz: “Chico tenho sede vou beber aqui à fonte”. E ele vai, mas não conseguiu segurar-se por causa do vento e amargulhou. Eu estava ali ao pé, puxei-lhe pelas pernas e ele apavorado começou a fugir pela linha. Nunca mais o vi. Já não apanhei lenha nenhuma, e depois quando cheguei aqui à vila o que vi foi telhas de zinco no ar, telhados partidos, e algumas paredes derrubadas. Vi um homenzinho, que era o Ti Nastácio, que ia agarrado a uma gorpelha*. Lá foi pela rua abaixo, agarrado à gorpelha. Não havia era chuva. O dia estava embrulhado. Os terrenos estavam brandos e as árvores arrancavam-se e abalavam mais facilmente. Foi uma coisa a mais, que eu nunca tinha conhecido.
* Gorpelha – recipiente feito em buinho que servia para transportar palha.
Juliana Maria Messias: Lembra-me da minha mãe estar de cozedura e já estava com o pão à porta do forno e ela dizer-me: “vai lá buscar o tabuleiro dos bolos”. E eu vim de lá com o tabuleiro dos bolos e o vento era tão forte que me pegou e espetou comigo no meio do chão e o alguidar desapareceu. Fiquei a olhar pra ele, olhe nunca mais se viu. E lembra-me a gente tinhamos um eucaliptal detrás do monte, que se chamava o Monte do Cebolinho, ao pé de Aldeia de Ruins, perto das Olhas. O vento pegou num dos eucaliptos e caíu em cima do monte, que ficou destelhado. Também me lembro de um chaparro muito grande com muita rama e fizeram aí um curral para as vacas, fomos a correr abrir a porta às vacas para elas sairem, e depois disso o chaparro caíu mesmo no sitio onde antes estavam as vacas.
O Ciclone de 1941, pelo Padre Jorge de Oliveira – Em 15 de Fevereiro de 1941, pelas 9 horas, desencadeou-se sobre toda esta região, um violento tufão. O vento terrível derrubava os transeuntes, arrebatava as crianças para longe e arrancava milhares de árvores: azinheiras, sobreiros, pinheiros, oliveiras e eucaliptos. Soprava de S.W. e arrebatou as telhas dos telhados, derrubando platibandas de algumas casas e algumas chaminés, levou a cobertura de fibrocimento do pavilhão do Posto de Culturas Regadas, arrombou a porta principal da Igreja Matriz, partindo a tranca e devastou parte do telhado. Arruinou a frontaria da casa de José d’Aires, aonde pernoitou D. Miguel I, quando em 31 de Maio de 1834 foi para o exílio. Derrubou a platibanda da casa da Pensão Guerreiro (na rua da Cruz), fazendo também estragos nos caminhos-de-ferro. Os postes telefónicos e telegráficos foram também derrubados; parte do arvoredo caiu sobre a linha férrea, o que impediu, por perto de 10 horas, o trânsito ferroviário e as comunicações telegráficas e telefónicas. Em Vale de Lobo, o ciclone derrubou um homem de 75 anos, que caindo sobre a lama, não se podendo levantar ali morreu. Com o susto, também ali faleceu uma mulher de 85 anos, de Martilongo, enterrando-se ambos, no dia 17. Tendo começado às 9 horas, teve o seu auge das 15 às 18 horas, declinando até às 22. O barómetro desceu o máximo da escala, só começando a subir pelas 18 horas, mas o vento continuou sempre muito forte. Caíram alguns pequenos aguaceiros e só no dia 17, a chuva se tornou mais pesada. Todos se mostraram oprimidos, porque, na verdade, foi um espectáculo terrível, nunca presenciado. São incalculáveis os prejuízos no arvoredo; as estradas e os caminhos estão intransitáveis, cheios de destroços. Na Estação dos Caminhos de Ferro, caiu a platibanda de uma mercearia que ali está, e caiu um pinheiro sobre o telhado do celeiro da Federação dos Produtores de Trigo.
Joaquim Lança – conhecido por Ciclone
Joaquim Fernandes Lança foi um alvaladense muito conhecido na freguesia. Poucos sabem o seu nome completo, mas serão menos ainda aqueles que não o conheceram pela alcunha de “Ciclone”, “Cicloino” ou mesmo “Caloino”. Filho de António Fernandes Lança e Mariana Antónia, Joaquim Lança nasceu em Alvalade no dia 15 de Fevereiro de 1941, na rua Duque da Terceira e carregou sempre com ele, sem se importar muito com isso, a alcunha que o dia do ciclone lhe emprestou para o resto da vida. O seu temperamento afável e educado contrastava com o carácter destruidor que o fenómeno metereológico de 1941 o haveria de “baptizar”, e fez dele um dos alvaladenses mais populares e acarinhados da freguesia.
Obs: Estes testemunhos foram recolhidos no âmbito de uma exposição realizada na Casa do Povo de Alvalade, no dia 17 de Fevereiro de 2008, que teve o mesmo título deste artigo.
_LPR
Excelentes depoimentos e grande recolha, parabéns.