Não é difícil encontrar ainda hoje em Alvalade, entre a população, quem tivesse ouvido o ritmo cadenciado e trepidante da velha máquina de costura, de pedais, da costureirinha. O som podia ouvir-se em qualquer parte da casa: no quarto de dormir, na cozinha, num corredor ou mesmo vindo de dentro de armários. Em Alvalade estão referenciadas diversas casas onde muitos dizem ter ouvido a costureirinha, especialmente no Verão ao cair da tarde e à noite, como referem vários testemunhos. Tornou-se um som familiar e não infundia medo aos que a ouviram na sua labuta. Há quem afirme ter ouvido também o som distinto do uso e do pousar de uma tesoura, também característicos do trabalho de costura. A lenda da costureirinha parece ter origem no Baixo Alentejo e tornou-se familiar em muitos lares alentejanos. Mas quem era afinal a costureirinha? Segundo a tradição, tratava-se de uma jovem costureira alentejana que, em vida, costumava trabalhar também ao Domingo, não respeitando, nessa medida, o dia sagrado. Outra versão conhecida e publicada, explica ter sido uma costureira que não cumpriu uma promessa feita a S. Francisco, e que por isso foi condenada, após a sua morte, a errar pelo mundo dos vivos durante algum tempo para pagar por essa falha e pelos seus pecados. Seria então a costureirinha uma alma penada, errante, condenada por não ter cumprido as suas promessas a Deus e aos Santos e não respeitar os valores sagrados? E porque é que já não se ouve hoje o tic-tic-tic da máquina da costureirinha? Terá já terminado o seu castigo e espiado os seus pecados?
_LPR
Olá a todos, saudades.
Quem não ia ao poço da “Rosairinha”, buscar àgua quando esta faltava nas torneiras? Eu ia com muita frequência. A minha avó e a Rosairinha eram muito amigas. Um certo dia eu estava num quarto lá da casa da Rosairinha e ouvi nitidamente a “costureirinha”, hoje arrepio-me só de ler a história mas na altura lembro-me de ficar tranquila porque a Rosairinha me disse para não ter medo.
bjs pa todos
Sissi
Olá Sissi
Há mais gente em Alvalade que ouviu a costureirinha. Alguns testemunharam-mo por email pessoal.
Um beijnho também para ti do,
_LPR
Olá meu Querido.
Estás a fazer um excelente trabalho em prol da nossa terra, eu pessoalmente fico-te grata pela atitude pedagógica e pela disponibilidade.
Beijocas grandes da
Sissi
Eu ouvi muitas vezes na minha infância a Costureirinha da sé Nas flores, aos cantos da parede. Ouvia nitidamente o som da máquina de costura e o pousar da tesoura em cima da máquina. Ainda recordo com saudade esses tempos.
Muito obrigado Sissi, pelas tuas palavras de incentivo.
Um beijnho também para ti do,
_LPR
É interessante verificar que José Saramago se refere em “As Pequenas Memórias” (Ed. Caminho, pp. 89,90)a um fenómeno idêntico ao aqui relatado, dizendo que “é curioso que nunca tenha ouvido falar da ‘costureira’ em outros lugares e aoutras gentes”.
A Costureirinha viveu há muitos anos na Cuba, uma mocinha, chamada Mariana. Por ser muito habilidosa e porque ganhava a vida a costurar de casa em casa para quem necessitava, toda a gente a conhecia e tratava por Costureirinha. Ela fazia vestidos bordados, lençóis, etc., tudo à mão.
Levava uma vida sem muitas ambições, mas tinha um sonho; – ter uma máquina de costura. Trabalhava muito. Acabava os trabalhos nas casas das pessoas e depois, quando vinha para casa, continuava a trabalhar pela noite fora para ganhar dinheiro para comprar o seu sonho; – a máquina de costura.
Trabalhou durante anos a fio, guardando numa caixinha algum dinheirito. Até que um dia, abriu o a caixinha onde guardava as suas poupanças, contou e recontou o dinheiro e viu que era o que necessitava: três reis.
No dia seguinte, logo de manhãzinha, foi a caminho de Beja, muito feliz, para comprar a máquina.
Ela agora parecia outra, fazia obra num abrir e fechar de olhos, era como se tivesse mais pessoas a trabalharem para ela.
Passado algum tempo, houve um surto de tuberculose e a Costureirinha, também foi atacada pela doença. Ficou muito fraca e já estava desenganada dos médicos – restava-lhe esperar que a morte a viesse buscar.
Muito triste, chorou muito. Voltou-se para a Virgem Nossa Senhora D’Aires e implorou-lhe que a curasse, que ela em troca lhe daria a máquina de costura (que era aquilo que ela de mais valioso possuía).
E assim foi, a Costureirinha curou-se e voltou a trabalhar. Mas a máquina fazia-lhe tanta falta, que ela resolveu pedir à Virgem mil perdões, mas que só lhe daria a máquina quando estivesse para morrer, pois era a sua única forma de ganhar o sustento.
A virgem acedeu e a Costureirinha lá continuou a fazer os seus belíssimos trabalhos.
Já muito velhinha, sentindo que já não lhe restava muito tempo e como não tinha família e já não trabalhava, pediu a um estafeta que levasse a máquina de costura à Virgem Nossa Senhora D’Aires, porque já não se sentia capaz de fazer essa viagem.
O estafeta acedeu, mas quando ia na viagem pensou em vender a máquina; e se o pensou, melhor o fez.
Quando voltou de viagem disse à Costureirinha que tinha entregue a máquina na Igreja da Senhora D’Aires, como lhe tinha prometido.
Passado algum tempo a Costureirinha finou-se. Quando se encontrou com a Virgem, esta perguntou-lhe pela máquina de costura. A Costureirinha contou-lhe a história toda e a Virgem perdoou-lhe a falta. Mas a Costureirinha é que que não se esqueceu da promessa por cumprir e então de tempos a tempos vem à procura do estafeta.
Contudo, não o consegue encontrar. Então dá um sinal que é o barulho de uma máquina de costura a trabalhar, para que o estafeta ao ouvi-lo se lembre da falta que cometeu.
E ainda hoje, à noitinha, o tic-tic-tic da máquina de costura se consegue ouvir de casa em casa.
Creio ter cometido alguns erros ortográficos na anterior mensagem. Tennho 85 anos com alguma dificudade de visão. Américo
Gostaria muito que me enviassem um email para trocarmos pontos de vista sobre o assunto iflportuguesa@sapo.pt
Hoje também temos um mistério à nossa frente, quando de nossa casa em frente ao computador estamos a falar com alguém na outra parte do mundo no mesmo instante.
Um abraço Américo Lemos
Conheça-nos e saiba quem somos e o que fazemos.
Talvez no seu interesse também.
Existem várias versões da lenda com pormenores ligeiramente diferentes de região para região. Mas ainda conheci pessoas na minha família que dizem tê-la ouvido.
Hoje mesmo, lembrei-me da “costureirinha” que tanto me impressionava quando era criança ao ouvi-la nos mais diversos locais da casa onde nasci há sessenta e quatro anos numa aldeia do concelho de Santarém.
Ao lembrar-me, coloquei tal palavra na barra de pesquisa da internet a ver se alguém se tinha lembrado de referir tal situação. E vejo que sim. Embora a maioria dos comentadores declarem ter ouvido falar a outras pessoas.
Mas, eu ouvi a costureirinha várias vezes… e não era sugestão nem era o bicho da madeira! Já em Queluz a ouvi há perto de 30 anos.
Na minha aldeia era tão vulgar as pessoas ouvirem frequentemente a costureirinha (nos moldes como é descrita nalguns comentários) que nem merecia qualquer referência por parte das pessoas. Lembro-me ainda de uma pessoa a quem eu falei da costureirinha me ter dito que também a ouvia e até no travesseiro quando estava na cama… e a cama não era de madeira mas sim um catre de ferro.
A lenda pode variar de região para região, mas a costureirinha era ouvida do mesmo modo, com os mesmos sons, por inúmeras pessoas e em muitas regiões do país.
O que seria, ou o que é, afinal? Era algo, disso tenho a certeza!
Tal como o João também eu resolvi fazer uma pesquisa sobre este assunto e verifico que o mesmo se mantém atual e não é apenas um relato das pessoas antigas.
Estou lúcida e tenho formação académica superior.
A minha experiência é na primeira pessoa e no Algarve, para além de também ter ouvido comentários de pessoas mais idosas.
Ouvi a costureirinha pela primeira vez com cerca de 13 anos, em casa dos meus falecidos pais, na altura a minha mãe falou-me do assunto e fiquei por aí apesar de ter tido muito medo.
Nas casas que entretanto vivi nada ouvi.
No passado dia 2 de março, agora com 51 anos, voltei a ouvir na casa em que vivo em Faro que é nova de construção (dois anos) e habitada desde o iníco por mim e pela minha família.
Seja lá o que for, este fenómeno faz-nos pensar que existe algo superior a nós e que nem tudo o que acontece a ciência consegue explicar.
Li os testemunhos das várias pessoas, falando do mistério da costureirinha, como fenómeno do Alentejo interior, no entanto sempre ouvi em Sines a minha mãe e tias falarem que também ouviam e quando era jovem investiguei. Como duvidava, uma vez uma prima chamou-me para escutar, e realmente ouvi.
Conclusão: A casa era velha com madeiras corrompidas pelo bicho da madeira. Fiquei esclarecido.
Ainda hoje eu e a minha filha com 22 anos ouvimos a costureirinha…em qualquer parte da casa…
Sempre ouvi desde pequena e em qualquer casa onde vivi. Tambem ouvia muitas vezes na almofada mas já há anos que não a ouço aí…
Lisboa, anos 80, eu teria vinte e oito anos mais ou menos, à noite começou a ouvir-se um barulho ritmado nas paredes em varios pontos da casa, ainda pensei que fossem barulhos de canos, agua ou assim, uma vez que havia ritmo, mas acontecia nalgumas paredes onde nao passava nada, mais em esquinas de paredes, nem havia armarios, apenas paredes, de tijolo- repito, Lisboa, paredes de tijolo, nada de armarios antigos ou caruncho, mobilias novas e nem era no sitio das mobilias. Eu e o pai dos meus filhos, ouvimos isto dois ou tres dias, ele é que ouviu e me chamou para ouvir, era sempre à noite, 22h00 mais ou menos, ligavamos para a mae dele, que nos disse de forma descontraida, ah, esses barulhos é a costureirinha, mas nao tenham medo, ela nao faz mal, depois isso pára porque ela vai para outra casa. E de facto assim foi, passados uns dias desapareceu, e os barulhos ritmados eram mesmo muito parecidos com uma maquina de costura a trabalhar. E nao passava mesmo cano nenhum ou havia nada dentro ou perto dessas paredes de tijolo de uma casa num predio de 3 andares em plena Lisboa.
Hoje tenho 36 anos, mas até aos meus 14 anos ouvia nitidamente a costureirinha, na vidigueira, terra onde passei a minha infância. Desde então nunca mais ouvi a costureirinha. Num destes dias decidi contar a lenda à minha mulher (não é alentejana), para ver se alguma vez ela tinha ouvido falar no assunto, mas pelo que vejo é mesmo só no Baixo alentejo.
Tudo indica ser uma lenda alentejana, mas também se conta na minha Terra. Oliveira do Hospital – Beira Alta. Também aqui há pessoas que juram já ter ouvido a costureirinha. Nos anos 30 e 40, muita gente foi daqui trabalhar para o ribatejo e alentejo. Os chamados gaibéus. Talvez fossem eles a trazer essa maravilhosa lenda para esta Serra da Estrela. É uma hipotese.
Gostaria que me enviasse um email para trocarmos pontos de vista.
iflportuguesa@sapo.pt
Um abraço Américo Lemos
Xestobium rufovillosum é o nome do simpático insecto que produz esse ruído. Em alguns países chamam-lhe o «relógio da morte». A imortalidade da alma é real, e há fenómenos mediúnicos aparatosos, tais como os denominados poltergeist, ou as aparições e mesmo materializações, mas a costureirinha, não se preocupem com ela 🙂
Resta saber
Errante até ao fim dos tempos. ????
Sou nascida e criada no Alentejo, já andei por outras zonas e agora vivo cá outra vez (distrito de Évora)…e também ouvi o que descrevem, em minha casa. Eu atribui o barulho a um bicharoco qualquer, dos muitos que há no campo e não liguei, mas o meu marido ouviu e a minha sogra também (tem 85 anos) e ela é que me disse que se tratava da costureirinha e contou a história. Foi quando me lembrei que tinha ouvido falar nisso à minha avó, há mais de 20 anos. Mas eu continuei a achar que era bicho, desarmei a sala toda e não achei nada. Depois de me deitar comecei a ouvir o barulho no quarto, passei a noite “de levante” mas não achei coisa nenhuma; a estória continuou a suceder e eu a andar já meio amalucada. Foi quando a minha sogra me disse para rezar-lhe o responso das almas do purgatório, que ela me ensinou. Eu pensei que se não fizesse bem, mal tambem não faria e vá de reza…coincidência ou não, nunca mais ouvi tal coisa…se é alma penada ou bicho, não sei, mas que foi embora, lá isso foi…fiquei pensando comigo: fosse o que fosse, não fiquei sabendo o que era mas que há muita coisa debaixo do sol que ainda não é para o nosso pobre entendimento, lá isso há! Parabéns e votos de continuação do bom trabalho de divulgação.
Boa tarde amigos.
Estava aqui a pesquisar sobre a vossa Feira Medieval, quando me deparei com a história da COSTUREIRINHA, pois é, eu não sou alentejana (o que francamente, tenho muita pena), sou da Cidade de Amora, Seixal, tenho quase 59 anos e lembro-me de quando era pequena e estavamos a jantar, na parede da nossa cozinha ouvir a costureirinha, o baixar da patilha da máquina, o trabalhar e a pousar a tesoura.
Beijinhos
são 3:30 da manhã de 05.08.2014 em Alcobaça e estou a ouvir a costureirinha alto e bom som e com intervalos de 1 minuto entre cada cadência..ouço-a desde os 7 ou 8 anos..tenho 31 e ao longo dos anos com mais ou menor frequência sempre a ouvi …e explicar isto ???? pois é!!!!!!!!!
28 Julho 2014
O meu nome é Alexandra, sou da zona da Nazaré e também conheço a “história” da costureirinha. Últimamente tenho-a ouvido frequentemente à noite, como na noite passada, no meu quarto, numa zona qualquer.
A minha mãe, que também foi costureira, conhece bem esse som da máquina, com que esta alma se manifesta. Na década de 50, quando era criança, já sua mãe, exclamava ao ouvir o som, com uma certa graça: “Lá vem a costureirinha!”. A minha avó chamava-lhe a “costureirinha da serra” que morreu sem pagar a sua máquina de costura e Deus deu-lhe como “pena” andar até ao fim do mundo de casa em casa, manifestando-se, como que pedindo orações e missas, para seu alívio. Antigamente minha mãe ouvia o tal “tic-tic-tic” e em seguida o som da linha do carrinho de costura a partir-se. Não tinha medo. Eu também tenho ouvido, há algum tempo, mas só o”tic-tic”. Chegámos a rezar o terço e a ouvi-la ao mesmo tempo. Por vezes com algum cepticismo, pensava que pudesse ser verdade, mas que também podia ser um bicho qualquer, o que é certo é que numa tarde de domingo de Setembro de 2012, quando estava deitada na minha cama a ler, ouvi o som, mesmo dentro do livro e aí fiquei praticamente sem dúvidas!
Como católica praticante, acredito que se trate duma alma do purgatório. Ouvir a costureirinha é um compromisso de irmos em seu auxílio, rezando muito por ela, oferecer sacrifícios, confessar, comungar e o mais eficaz: mandar celebrar missas por ela, para que o Sangue de Cristo a purifique e console. Não me admiro nada desta alma ainda estar no purgatório, não foi também a vidente Lúcia de Fátima que perguntou à Virgem onde se encontrava uma moça sua conhecida, que morrera há pouco tempo e lhe respondeu que estaria no purgatório até ao fim do mundo? Ajudemos esta alma para que o Senhor tenha misericórdia dela! Não nos esqueçamos que as Santas Almas do Purgatório, nos agradecem e podem até interceder por nós!
Olá, bom dia!
Hoje, logo pela manhã, o tema de conversa com um colega meu foi justamente “a costureirinha”. Não sei a que propósito veio a conversa, mas sem dúvida levou-me à minha infância, altura em que no silêncio da noite, ouvia a costureirinha a trabalhar, ali nas paredes do meu quarto.
Nunca consegui saber de onde vinha aquele som, mas era audível e não era imaginação minha.
Hoje, ao procurar na Internet o tema “costureirinha” percebi que afinal muita gente o ouviu.
Eu sou de Cascais, nascida e criada, tenho 55 anos e na altura em que a ouvia, devia ter os meus 10/11 anos, por aí fora. Lembro-me que sentia muito medo, pois não conseguia entender de onde vinha aquele barulho e comentava-se que era uma alma penada que por ali andava.
Já nem me lembrava deste história, se por acaso hoje não fosse falado por aqui.
Deixo o meu email iflportuguesa@sapo.pt
Também ouvi. Há uma explicação para o fenómeno.
Américo Lemos
Alcochete
http://www.iflworld.org
Explicação para o fenómeno???
Olá a todos,
Eu sou do Concelho de Ourém, Pederneira freguesia Urqueira. Hoje vivo no Canadá. Lembro-me quando era jovem ouvir o som da costureirinha muitas vezes. Tanto a ouvia com a orelha que estava no travesseiro, como fora de casa debaixo do alpendre. Não tinha medo pourque na nossa terra, todos a ouviam. Ouvi-a também aqui no Canadá uma vez nos anos 70. Foi a última vez que a consegui ouvir; confesso que sinto uma certa nostálgia quando penso que não a oiço mais.
Sempre que ouvia aquele som ficava a cogitar na alma penada que supostamente o fazia e lhe dedicava um terno pensamento. Hoje só silêncio e saudades.
Abraços a todos
Também a ouvi durante mais ou menos dois anos (1998-2000) no sexto andar de um prédio em Sintra.
Mudei de casa e vim para o Alentejo, mas nunca mais a ouvi.
É verdade as coisas acontecem sem hora marca da quer queiramos quer não mas ela se afasta se ouver medo e por vezes ressurge fazendo-nos a surpresa pois ela se sente bem quando é bem acolhida.
Por vezes me pergunto mesmo que tipo de coisa é será a nossa consciência em análise à carência de valores perdidos.???
Olá, boa noite a todos.
Muitas vezes recordo, com alguma saudade devo dizê-lo, este fenómeno com meus familiares e amigos.
Sou de uma povoação pertencente ao concelho de Ourém e moro em Cascais.
Em criança, na casa de meus pais muitas vezes ouvi a famosa “costureirinha”, tal como vem descrita nos anteriores comentários.
Mais tarde, já com 15 anos e em Cascais, voltei a ouvi-la, e quer num local quer no outro a clareza com que a ouvia não dava margem para qualquer dúvida, era algo que não pode pertencer ao mundo palpável que conhecemos. Mas não era apenas eu que a ouvia, quase todos os meus familiares e vizinhos a ouviam com frequência e falavam sobre isso.
Hoje, é com agradável surpresa que vejo que muitas outras pessoas partilham o conhecimento deste fenómeno e que o mesmo ainda se continua a manifestar.
Bem-hajam todos por este testemunho.
Verdade
Na minha adolescência ouvi-a bastantes vezes em casa de minha mãe em Fátima.
Este doce e ritmado trabalhar de máquia tem seguindo os meus passos até há cerca de dois anos na Suiça. Numa cabana de passarinhos a qualquer hora do dia.
Salvé a todos
Tenho ouvido esse tic-tic-tic já a algum tempo um pouco assustado por não saber do que se tratava pois era algo que já se tinha repetido várias vezes e ainda se repete , até que comentei com o meu avô materno que por sinal é alentejano e que na maior das tranquilidade me respondeu que era “a costureirinha ” pesquisei um pouco sobre isso, até que cheguei à sua história.
A minha mae, nascida em 1904 falava da costureira que muitas pessoas ouviam. Em Minde, Beira Litoral,foi ouvida pelo medico, um cetico, no fundo de uma caixa de chapeus. Nunca a ouvi,mas fico arrepiada quando penso neste assunto.
Dizem que ela anda por bem
Não há que ter medo
Algo é mas não se sabe
E que se houver medo a costureirinha deixa as vossas instalações.
AL
Muito obrigado, pelo seu testemunho/contributo, Sr. Lopes!