O turismo de natureza ou ecoturismo começa a definir-se como um segmento estratégico no desenvolvimento turístico do país e também do Alentejo. O território alvaladense, no contexto da região em que está inserido, reune potencialidades muito interessantes ainda por explorar neste domínio. A criação de percursos pedestres, devidamente sinalizados, que permitam proporcionar o envolvimento saudável de pessoas e grupos com a paisagem e o nosso património natural e ambiental, percorrendo velhos caminhos e trilhos, observando e apreciando a flora e a fauna locais, os hábitos e as práticas agrícolas, entre outros, é uma ideia a ter em conta no âmbito de uma estratégia futura de aproveitamento das potencialidades turísticas da freguesia.
O património natural, as herdades, os vestígios da presença romana dispersos pela freguesia, a observação de aves, os velhos caminhos e trilhos seculares rasgados na paisagem e que ainda hoje são percorridos, entre outros, apelam à partilha de sensações, à descoberta, à compreensão do meio e dos espaços naturais e culturais de um território disputado e ocupado desde tempos imemorais. A fecunda História de Alvalade permite também recuperar velhos caminhos para alguns passeios pedestres ou de cicloturismo, como o percurso entre a Herdadinha e a praça D. Manuel I, que a comitiva do rei D. Miguel I trilhou em 1834. Ou o percurso da visitação espatária de 1510, recriando em caminhada ou de bicicleta o trajecto de D. Jorge de Lencastre pelas igrejas de Alvalade e os locais das ermidas que já não existem.
Os múltiplos patrimónios de Alvalade encerram um potencial valioso para a criação de um pequeno conjunto de percursos pedestres ou de cicloturismo temáticos, que devidamente marcados e promovidos poderiam constituir um elemento de valorização do património natural e cultural da freguesia.
_LPR
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