Do oitocentista (?) e desaparecido lagar de azeite de Joaquim Miguel Cabeça, que outrora laborou anos e anos a fio no início do conhecido Bairro de Campilhas ou Bairro Danado, restam apenas algumas memórias: a ‘Travessa do Lagar’, apesar das alterações urbanísticas do local mas excluída da toponímia da vila, e este antigo e robusto aparador de azeite, de pedra calcária, recuperado e transportado há alguns anos para a frontaria da igreja da Misericórdia, na praça D. Manuel I, depois de abandonado e desprezado durante décadas num terreno muito próximo daquele onde teve uso. É um dos mais antigos e importantes testemunhos da multissecular produção de azeite alvaladense, cuja origem se perde nos confins dos tempos, mas também uma peça verdadeiramente excepcional e digna do acervo de um qualquer museu… Quantos litros de azeite correram no canal e pela bica desta pedra? Certamente que largos milhares, consumidos dentro da vila por diversas gerações de alvaladenses mas também expedidos e vendidos em boa quantidade para fora da freguesia…

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