Alvalade cantou os Reis

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5 Comentários

Cante dos Reis promovida pela Casa do Povo de AlvaladeMantendo a tradição, que se repete ano após ano, a Casa do Povo de Alvalade promoveu, ontem, o Cante dos Reis. A iniciativa realizou-se junto da histórica sede da instituição, que este ano comemora meio século de vida, e contou com o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Alvalade.

Aí, à volta da lareira acesa e com a mesa recheada de alguns alimentos que aconchegaram o estomago, fizeram-se ouvir as vozes entoando o tradicional cante:

“Cá estão os três Cavaleiros

Que fazem sombra no mar

São os três do Oriente

Que Jesus vêm buscar”

Fonte: Casa do Povo de Alvalade

5 Respostas a Alvalade cantou os Reis

  1. Mariana Neves Belchior Maurício   6 de Janeiro de 2014 at 23:26

    Não conhecia esta tradição Alvaladense…Lembro-me da tradição dos cantares das Janeiras.
    Há 55 anos que saí de Alvalade não recordo cantares dos Reis. Se já existiam, ou se é mais recente, dou os meus parabéns. É saudável que se mantenham as tradições.
    A Instituição Casa Do Povo também não existia.
    Estou fora mas fico feliz com todo o progresso da minha terra.
    Cumprimentos a todos os colaboradores.

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  2. Luis Martins da Silva   7 de Janeiro de 2014 at 12:28

    Se o administrador da página mo permite, esclareço a amiga Mariana, que tem toda a razão. De facto quando eu era adolescente, residindo na herdade dos Almargens, esperava ansiosamente a noite de 31 de Dezembro (véspera de Ano Novo) pelos grupos de cantadores, que deslocando-se a partir da sede da freguesia, percorriam os montes não só do Vale do Sado, mas dos arredores. Muitas vezes debaixo de chuva, suportando geadas, acercavam-se da residência do lavrador e diziam “quer que cante ou que reze?”. A não ser que a familia estivesse enlutada, geralmente cantavam-se as “janeiras”

    “O senhor lavrador
    raminho de salsa crua
    aos pés da sua cama
    nasce o sol e põe-se a lua”

    Seguiam-se outras quadras alusivas até que alguém da casa, vinha entregar a esmola.

    E depois do agradecimento o grupo continuava para outras herdades, procurando angariar mais alguns géneros alimentícios que iriam contribuir para reduzir as enormes carências que então se viviam.

    Tem razão a Mariana. Na nossa zona cantavam-se as Janeiras, na noite de 31 de Dezembro. No entanto por vezes haviam também grupos que cantavam os Reis, na noite de 5 de Janeiro.
    Hoje com o evoluir dos tempos, a noite da passagem do ano é ocupada por iniciativas que nada têm a ver com o cante das Janeiras. A nossa instituição optou por assinalar a data dos Reis, cantando anualmente no dia 5 de Janeiro a moda tradicional dos Reis.
    LMS

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  3. Céu Bougron   7 de Janeiro de 2014 at 13:11

    Tudo se acaba com a evolução da vida. Também tenho saudades desta noite do 31 de Dezembro quando os grupos vinham cantar à nossa porta.
    Como a Mariana diz, também não me recordo do cante dos reis.
    Mas é bom que a Casa do Povo de Alvalade mantenha este cante.
    Obrigado por este momento de leitura.
    Até breve.

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  4. admin   7 de Janeiro de 2014 at 16:22

    Os vossos contributos são sempre importantes para preservar a memória colectiva de Alvalade.
    Muito obrigado, pela parte que me toca enquanto alvaladense.
    _LPR

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  5. Manuel F. Neves (Lito)   7 de Janeiro de 2014 at 17:10

    Boa tarde a todos!

    Venho só congratular-me com a manutenção das tradições Alvaladenses, embora, também no meu tempo as Janeiras fossem a tradição.
    Quanto à Casa do Povo, devo lembrar a Mariana Belchior que há 55 anos, esta já existia no r/c do edifício já demolido onde pernoitou o D. Miguel na sua passagem para Sines a caminho do seu exilio.
    Era, na altura a mesma casa onde vivia o Prof. Almeida e onde eu fiz, como aluno externo o primeiro ano do Ciclo Preparatório.
    No ano seguinte a sede da Casa do Povo passou para o r/c de um edifício em frente à Casa Bica (papelaria e artigos eléctricos).
    Foi nestas casas que eu, e a Maria Inácia fizemos os nossos primeiros anos de estudos secundários.

    Abraço a todos.
    Lito

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