Assinala-se hoje o Dia Nacional dos Centros Históricos. A efeméride, promovida pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico, celebra-se, anualmente, no dia 28 de Março, data do nascimento de Alexandre Herculano, da qual é patrono. Em várias cidades e vilas de Portugal, com centro histórico, realizam-se hoje diversas iniciativas. Visitas guiadas, colóquios, workshops, animação de rua, exposições, caminhadas, concertos, teatro, inaugurações de obras, entre outras, integram os programas para este dia. Lagos foi o concelho escolhido para receber este ano as comemorações oficiais.
Neste Dia Nacional dos Centros Históricos, evocamos e homenageamos o nosso através de uma visita guiada virtual com partida na Praça D. Manuel I, onde encontramos o velho pelourinho manuelino, antigo símbolo do poder judicial concelhio, entre os antigos Paços do Concelho e a igreja da Misericórdia, concluída, provavelmente, em 1570. Ao lado dos antigos Paços do Concelho de Alvalade, no início da rua de S. Pedro, observamos a Casa dos Juízes, de arquitectura popular, onde ainda se vislumbram alguns vestígios de traça mourisca. Seguimos pela Rua Padre Abel Varzim, para visitar a igreja matriz, o ex-libris do património da freguesia, edificada em finais do século XV ou inícios do séc. XVI, de estilo manuelino, e que tem Nossa Senhora da Conceição da Oliveira como orago principal. Na capela-mor contemplamos, demoradamente, o trabalho do entalhador Manuel João da Fonseca na construção do extraordinário retábulo de talha dourada e policromada, datado de finais do séc. XVII, de estilo nacional ou “Português”. Saímos da igreja para apreciar o excepcional relógio de Sol, seiscentista, na torre sineira, considerado um dos melhores exemplares do Alentejo e sem rival no concelho. Do adro da Matriz avistamos a velha ponte romana (reconstruída no séc. XVI), edificada no antigo leito da ribeira de Campilhas. Continuamos o percurso seguindo pela Rua Atrás dos Quintais, a varanda natural sobre o vale do Sado com o miradouro mais importante da vila, onde podemos também apreciar a construção sólida da imponente chaminé de uma padaria já extinta, para entrar novamente na Praça D. Manuel I, através da antiga travessa do Espírito Santo, e visitar a exposição “Posto de Culturas Regadas D. Manuel de Castello Branco – Aprender primeiro para ensinar depois“, patente na igreja da Misericórdia. Depois de conhecermos a história e o trabalho do Posto de Culturas Regadas, seguimos para a oficina das Bordadeiras, para apreciar o seu trabalho extraordinário e o esforço diário na preservação de uma arte tradicional em vias de extinção, onde concluímos este passeio cultural virtual em jeito de homenagem ao centro histórico de Alvalade.
_LPR
Pretendo apenas agradecer o “passeio” plo centro histórico de Alvalade, essa antiga vila do litoral alentejano que nos dá todos os anos uma maravilhosa feira medieval.