As bordadeiras de Alvalade

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bordadeirasdealvaladeSão as únicas artesãs de Alvalade com oficina aberta, semanalmente, de segunda a sexta-feira. Dominam com sabedoria e mestria a arte de bordar, e têm trabalhos únicos espalhados um pouco por todo o país. São as bordadeiras de Alvalade! Alda Pereira, Ivone Mendes, Luísa de Jesus, Gracinda Revez, Mariana Garcia, Graciete Urbano, Maria Sobral, Virgínia Garcia, Manuela Tires, Lídia Mendes, Luísa Candeias são algumas das bordadeiras de Alvalade que teimam em não deixar morrer uma arte que corre o risco de desaparecer, sobretudo pela falta de interesse das gerações mais novas. É esse o maior lamento de Luísa de Jesus, a mestre bordadeira ou a “nossa professora” como é carinhosamente tratada pelas colegas artesãs. A Casa de Bordados de Alvalade começou na Misericórdia mas está na rua 23 de Agosto, no centro histórico, desde 2009, de portas abertas e disponível para receber qualquer visitante individual, escolas, instituições, mas sobretudo para quem quiser aprender a arte de bordar. De lá já saíram muitos trabalhos de bordados em ponto cruz, jugoslavo, grilhão, sombra, entre outros, que prestigiam e transportam consigo o nome da freguesia. É um dos locais de referência no centro histórico, de visita obrigatória, sempre muito procurado nos dias agitados da feira medieval. As bordadeiras de Alvalade contam com o apoio da Junta de Freguesia de Alvalade e Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que suportam as despesas de arrendamento e outras do espaço que ocupam e onde passam parte importante dos seus dias. Em agenda está uma exposição no museu municipal, justa e merecida, para divulgação do seu trabalho. Alvalade deve orgulhar-se destas mulheres que são um exemplo destacado de amor e dedicação a uma arte que não querem ver desaparecer!

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5 Respostas a As bordadeiras de Alvalade

  1. Maria Dores Carvalho Amado   2 de Junho de 2015 at 14:35

    Decorria o ano de 1960 e em Alvalade já existia esse bonito hábito de ir aprender a bordar à mão. Recordo-me de andar a aprender com a D. Maria José Cabrita. A minha mãe já me tinha ensinado a fazer “a jour” e ponto cheio. Já tinha bordado um paninho na 4ª classe…. Na D. M José aprendi a bordar com linhas da Madeira. Depois no colégio em Santiago do Cacém tbm a nossa professora de lavores, D. Maria Amália, nos ensinava vários trabalhos.
    Pus a velha máquina de costura a funcionar e fizemos um enxoval para o bébé que nascesse na noite de Natal, no Hospital Conde Bracial. A mocidade primava por poder adquirir esses conhecimentos.

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  2. Rosa Freire   2 de Junho de 2015 at 15:51

    Eu, lembro-me dos cursos de bordados e costura na Casa do Povo. Posteriormente era feita uma exposição desses trabalhos onde toda a Vila acorria para os apreciar. Bons e saudosos tempos da minha juventude.

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  3. Céu Bougron   3 de Junho de 2015 at 16:02

    Comprendo o quanto é agradável podermos bordar e cozer entre amigas. Tambem faço parte de um atelier no mesmo genero aqui na terra aonde vivo. Tenho muita pena de não poder conviver com estas senhoras que conheço muito bem. As tardes passadas entre nós entre ponto russo a ponto cheio, etc, etc. Nós mulheres reformadas não as vemos passar. É formidavel que elas continuem e espero que as jovens sigam este exemplo. Aqui no nosso atelier de patchework temos muitas senhoras de 40 anos.
    Até breve e beijinhos a todas

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  4. Preciosa Sacramento Alves Agostinho   3 de Junho de 2015 at 16:20

    E também ponto pé de flor, ponto russo, caseado, pontos de laçada, pontos de cadeia, matiz, bainhas abertas, ponto areia, cordão, ponto de contorno…
    Esses e outros pontos ensinou-me a fazer a Gracinda Henriques, depois que eu saí da escola e com ela fui aprender a bordar.
    A ela obrigada pelos ensinamentos, pela paciência, pelo carinho e pela amizade.

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  5. Matilde Oliveira   5 de Junho de 2015 at 12:02

    Bonito exemplo destas senhoras já com uma certa idade mas que continuam na vida para aprender!

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