Completam-se hoje, dia 21 de Junho, 19 anos sobre a reelevação de Alvalade à categoria de vila, cujo estatuto foi perdido aquando da extinção do concelho alvaladense, em 6 de Novembro de 1836. Por iniciativa e proposta do PSD, pela mão do então deputado José Silva Costa, foi apresentado na Assembleia da República, em 23 de Junho de 1994, o Projecto-lei nº425/VI, visando a reelevação de Alvalade à categoria de vila tendo sido votado e aprovado no dia 21 de Junho de 1995. A iniciativa, que obteve o apoio dos restantes grupos parlamentares à época, reuniu também pareceres favoráveis da Junta e Assembleia de Freguesia de Alvalade e da Câmara e Assembleia Municipal de Santiago do Cacém.
O concelho de Alvalade foi extinto em 6 de Novembro de 1836, na sequência das reformas implementadas pelo Liberalismo (1835-36), após a Guerra Civil de 1832-34, tendo Alvalade transitado então, enquanto freguesia, para o concelho de Messejana. Após a extinção do concelho messejanense, em 1855, Alvalade foi incluída no concelho de Aljustrel onde permaneceu até 18 de Abril de 1871, data em que voltou novamente a mudar de administração concelhia, desta vez para o concelho de Santiago do Cacém.
No próximo dia 6 de Novembro perfazem 154 anos sobre a extinção do concelho de Alvalade, data de má memória para os alvaladenses, ainda que muitos mantenham a ambição da restauração do concelho e da independência administrativa da actual freguesia enquanto outra franja da população preferia ver Alvalade no concelho de Aljustrel, onde esteve durante séculos até à outorga do foral manuelino (em 1510), e entre 1855 e 1871.
_LPR
Bom dia caros amigos (as)!
Nas últimas semanas fui várias vezes a Alvalade com o intuito de observar uma suposta (nova) inscrição romana que apareceu junto à vila. Contudo, tal como apareceu, assim rapidamente desapareceu.
Seria mais uma inscrição proveniente da Figueira da Ametade (Conqueiros), esteve durante algum tempo no “monte”, foi vista por algumas pessoas (segundo me informaram, também por alguns arqueólogos que dela nunca deram referência, nem nunca a publicaram).
Inclusivamente, assim que recebi a informação da sua existência, telefonei para pessoas influentes da política de Alvalade, no sentido de a irem recolher para o futuro museu.
Resultado: a inscrição desapareceu e muito possivelmente, nunca mais irá regressar a Alvalade.
Fui ainda informado por vários trabalhadores do “monte” que um vasto espólio recolhido durante vários anos por um dos proprietários foi autenticamente atirado para o lixo (mais património perdido!).
Ainda assim, existe a possibilidade de algum espólio etnográfico ser entregue para o futuro museu, agora que o “monte” de Conqueiros vai ser vendido.
Será que este espólio também terá como destino o lixo?
Fico muito triste com tudo isto, porque gosto muito de Alvalade e das suas gentes, apesar de alguns dos políticos já nem me atenderem o telefone (não sei porquê).
Se quisessem, estaria neste momento a trabalhar na freguesia, com todo o gosto, até porque nunca deixei de a dar a conhecer ao mundo, como o fiz no ano passado na Itália e, já no decorrer deste ano, na Turquia.
Penso que Alvalade não merece que o seu património seja destruído.
Um grande abraço
Jorge Feio
Olá Jorge,
Até ao momento não tive qualquer informação desse novo achado relativo a uma inscrição alegadamente romana. Se aconteceu e está perdida, lamento muito enquanto alvaladense e defensor do património desta terra.
Continuo a dizer que faz falta um arqueólogo no terreno, a inauguração do núcleo de arqueologia de Alvalade, e um trabalho sistemático de informação e sensibilização junto da população para se evitarem casos destes.
_LPR
Querido amigo Luís
Desde o início do ano que alertei para o achado. Quem me informou foi um dos antigos donos do “monte”, que está agora a viver no Torrão. Ele e outras pessoas, informaram-me que outras pessoas e arqueólogos sabiam da existência da peça.
Vários trabalhadores do “monte” confirmaram-me a descoberta da peça. Mas quando finalmente consegui ter tempo para lá ir, a peça já tinha desaparecido. Supostamente “foi para o lixo” juntamente com outros elementos arquitectónicos e peças de cerâmica.
Como também te escrevi, são raras as vezes que me atendem um telefone. chegam a escrever-me mensagens a dizer que estão em reunião e logo me telefonam. Mas nada.
Faz falta um arqueólogo no concelho de Santiago e especialmente na freguesia de Alvalade. Mas tem de ser um arqueólogo que goste de proteger e divulgar o património existente e que, acima de tudo, ame Alvalade.
Um abraço
Lamento muito tudo isso. É uma pena para Alvalade Sado, uma terra lindíssima e com uma história tão rica.