O nome do orago da padroeira de Alvalade, Nossa Senhora da Conceição da Oliveira, tem levantado, ao longo dos tempos, muitas interrogações e até algumas especulações na freguesia e em particular na comunidade paroquial. Para esclarecer definitivamente a composição do nome do orago da padroeira de Alvalade, pedimos a opinião do Prof. José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. Para o conhecido e prestigiado historiador, não existem dúvidas de que o nome do orago de Alvalade é mesmo “Nossa Senhora da Conceição da Oliveira”, informação confirmada pela Diocese nos catálogos históricos das paróquias, em Roma. Ainda segundo José António Falcão, pode tratar-se de “um resquício histórico e venerável, que deve ser mantido. Provavelmente está associado a um culto medieval, o de Nossa Senhora da Conceição da Oliveira (antes, Santa Maria da Oliveira), de Guimarães, padroeira do reino e sede de uma colegiada muito importante, sobre a qual há belos estudos de Manuel Alves de Oliveira, um grande vimaranense, meu amigo, há muito falecido, que me falava sempre com grande apreço de Alvalade, como uma continuação, a sul, desse culto. Repare-se que em Azinheira de Barros venera-se Santa Maria da Azinheira. São zonas onde a toponímia está muito associada à flora. Antigos páramos onde uma árvore imponente se destacava e dava nome à envolvente. Em Alvalade faz todo o sentido Santa Maria da Oliveira. No século XVI acrescentaram a ambas as terras, reflexo da Contra-Reforma, o título “da Conceição”, para suplantar o velho culto dendrolátrico, que é o que permanece”.
Agradecimento: ao Prof. José António Falcão, pela disponibilidade e contributo para ajudar a compreender definitivamente a composição do nome do orago de Alvalade, colocando assim um ponto final nalgumas especulações que de vez em quando vão surgindo.
_LPR
Importante e muito interessante esclarecimento.
Ficou assim esclarecido……