Início » Últimas » Luís Martins da Silva foi, indiscutivelmente, o alvaladense que mais fez por esta terra nos últimos 50 anos…
Sem comentários
smart
A homenagem ântuma que hoje recebeu, da Casa do Povo, a quem dedicou parte substancial da sua vida, é merecida e justa…
O Luís Silva dinamizou teatros, grupos de jovens, organizou centenas de iniciativas lúdicas, culturais e desportivas. Recuperou e promoveu tradições (tantas vezes a puxar a ‘carroça’ sozinho…). Defendeu e ajudou a preservar o património histórico de Alvalade, como foi o caso do resgate das peças remanescentes do pelourinho nos finais dos anos setenta (que permitiu a sua reconstituição em 2000) e integrou a primeira comissão instaladora do Museu de Arqueologia de Alvalade nos alvores da década de oitenta. Deu ainda a conhecer o Foral Manuelino, e foi um dos fundadores da Associação Cultural Amigos de Alvalade e da Feira Medieval.
Lutou e conseguiu a sobrevivência da Casa do Povo quando muitas congêneres na região claudicaram e fecharam as portas. Reinventou a instituição e transformou-a numa associação com fins sociais e culturais, equiparando-a a uma IPSS. Nesse novo caminho, em 1983 criou a Creche e Jardim de Infância “O Comboio”, em 1985 instalou um Centro de Dia na sala onde hoje recebeu esta homenagem e em 2003 construiu a mesma valência, de raiz, cujo equipamento social tem apoiado dezenas de idosos, reformados e as suas famílias.
Em 2015, construiu e inaugurou a Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), um equipamento colectivo de alojamento temporário ou permanente destinado a fornecer respostas para idosos em risco ou com perda de independência e/ou autonomia, que valoriza e prestigia esta freguesia. Ajudou a fundar a Loja Social de Alvalade, ainda hoje ao serviço dos mais carenciados e desprotegidos.
É certo que não fez esta longa caminhada sozinho. Teve a ajuda de muitos outros colegas dirigentes que o acompanharam. Equipas proactivas lideradas pelo Luís que fizeram obra e criaram também várias dezenas de postos de trabalho que foram e são importantes para o desenvolvimento económico e social de Alvalade.
O trabalho de Luís Martins da Silva constituirá sempre um marco na História de Alvalade não só pela sua competência e dedicação mas também pela energia e empenho que colocou nas suas ideias e projectos.
À semelhança do que foi feito no Agrupamento de Escolas de Alvalade, a quem foi atribuído o nome do Prof. Arménio Lança, também o Luís merecia amplamente a eternização do seu nome no Centro de Dia (Centro de Dia Luís Martins da Silva) ou na ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas Luís Martins da Silva) ou numa rua da vila. Em vida e não post mortem…
Citando Virgílio (o autor romano do poema épico Eneida): “(…) enquanto os rios corram, os montes façam sombra e no céu haja estrelas, deve durar a memória do bem recebido na mente do homem grato“. Pessoalmente, pela parte que me toca enquanto alvaladense, estou-lhe GRATO pelo que fez por esta terra, Luís Martins da Silva!
Comentários recentes