A imagem remonta à última década de noventa e documenta o estado de degradação e pré-ruína em que se encontrava a ponte romana antes da intervenção de restauro que sofreu em 2001. A obra, que ainda hoje é contestada e está longe de agradar à maioria dos alvaladenses, sobretudo pela tonalidade cimentícia que ostenta, permitiu, ainda assim, que a ponte tivesse chegado de pé aos nossos dias. A ligação entre a cidade romana de Miróbriga e Vipasca (Aljustrel) por ali passava, com a velha ponte de Campilhas a permitir a transposição da ribeira e assegurando a normalidade na circulação de pessoas e bens entre as duas povoações, com passagem por Alvalade, que desde sempre beneficiou da sua localização privilegiada e estratégica. Toda a sorte de gente percorreu aquela velha ponte durante muitos séculos. Mercadores, almocreves, pastores, agricultores, cavaleiros, romeiros, feirantes, mendigos, viajantes, mas também forças militares, escravos e bandidos. Também o Rei D. Miguel I, já deposto, passou nela rumo a Sines com o seu séquito e uma escolta militar, no dia 1 de Junho de 1834, depois de pernoitar em Alvalade.
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As opiniões são sempre divergentes, mas no estado de degradação em que se encontrava e ñ tendo sido restaurada, talvez hoje nem metade estivesse de pé.