Fundada em 26 Junho de 1943, a Casa do Povo de Alvalade tinha, em 15 de Fevereiro de 1964 (data da inauguração oficial do actual edifício-sede), 450 sócios efectivos e 280 contribuintes, assistindo um total de 1100 beneficiários a quem assumia o pagamento de 50% das despesas com medicamentos, radiografias e análises, quer para os associados efectivos quer para os seus familiares, e garantia ainda subsídios de apoio por nascimento, casamento, morte, invalidez e transporte de doentes. Uma verdadeira instituição de solidariedade social ao seu tempo, com preocupações sobre toda a população que servia e uma atenção particular para com os seus associados e respectivas famílias.
Em 15 de Fevereiro de 1964, a Casa do Povo, servida e liderada por um pequeno grupo de alvaladenses empenhados e dedicados, conseguiu, depois de vários anos de trabalho persistente, concluir a construção e inaugurar o actual edifício-sede, na altura um dos mais modernos e melhor apetrechados da região, que contou com a presença do então Ministro das Corporações e Previdência Social, José João Gonçalves de Proença. O equipamento, de dois pisos, disponibilizava instalações modelares para os serviços administrativos da instituição, um espaço para actividades culturais e recreativas, e um sector de serviços clínicos devidamente equipado que dispunha de gabinete médico, salas de espera e tratamento, dois quartos com 8 camas cada para situações de urgência, sala de partos, quarto de enfermeira e gabinete de assistente social.
Um mês antes da inauguração da nova sede, concretamente em Janeiro de 1964, foi criado o Grupo Coral da Casa do Povo de Alvalade, organizado e dinamizado por Francisco Mendes da Bica.
Entre 1943 (ano de fundação) e 1947, a Casa do Povo de Alvalade foi dirigida por José João da Bica, na presidência da mesa da Assembleia Geral, e por Vasco José da Silva, Custódio Joaquim Maria Guerreiro e Joaquim Manuel da Bica, na direcção. De 1948 a 1953, os destinos da instituição alvaladense foram conduzidos por Francisco Mendes da Bica, Manuel António Costa, Francisco Manuel Palminhas e António Henriques. Francisco Mendes da Bica continuaria depois, até 1963, na Assembleia Geral, com José António Direitinho, Manuel Martins Canilho e José João da Bica na direcção, a que se seguiram Manuel da Lança Graça, Raul da Conceição, Manuel José Direitinho e Francisco Dias.
Na fotografia, alguns dos mais activos directores e obreiros da história da Casa do Povo. No 1º plano, a contar da esquerda, Francisco Dias, Raul da Conceição, Manuel Lança e Manuel José Direitinho. No 2º plano, de pé, da esquerda para a direita, Dr. António Guerreiro Fernandes, Francisco Mendes da Bica, Joaquim Galapez e o Prof. Almeida, que, conjuntamente com os alvaladenses anteriormente citados, recordamos hoje aqui, como homenagem modesta, reconhecendo o seu trabalho e empenho na construção de uma das mais importantes instituições do concelho e da região, no ano em que o edifício-sede comemora 50 anos de existência e por onde desfilou grande parte da vida social da freguesia no último meio século.
_LPR
Agradecimento: À D. Maria Antonieta Fernandes Lança, pela cedência da fotografia e referência bibliográfica.
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