No ano da proclamação da República e 2 anos depois de assumir os destinos da paróquia, o Padre Jorge de Oliveira promoveu várias intervenções na igreja matriz, incluindo nos sinos que se abrigam na torre: ‘(…) Em Maio de 1910 comprei um sino para substituir o outro que se quebrara em 1901. Serviu o metal deste e as restantes despesas foram cobertas por subscrição pública. Foi feito em Braga, nas oficinas de Rebelo da Silva & Ca. Tem o peso de 80 quilos (o bronze) e a nota musical de sol. Foi estreado no dia 29 de Junho de 1910, dia de S. Pedro, ao levantar a Deus. Foi colocado na sineira do lado poente e tem esculpida a imagem da Padroeira, N.Sra. da Conceição.’.
Património importante mas pouco divulgado, os sinos tocam-se para exprimir, de algum modo, os sentimentos do povo de Deus. As várias formas de os tocar são uma linguagem convencional, que pode ir das simples badaladas, ao dobrar, ao toque picado, ao toque encadeado e ao toque repicado ou repenicado, que é o mais festivo. Por tradição, que ainda se mantém, cabe aos sinos da Matriz anunciarem o falecimento dos naturais da vila, residentes ou moradores noutras latitudes.
Obs: Os créditos da fotografia pertencem à Paróquia de Alvalade
_Luis Pedro Ramos
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