Amalhar (recolher à malhada); Amanhar-se (governar-se, enriquecer-se); Arrematar (praguejar, falar mal); Avelar (meter bolotas ao fumeiro, para secar); Balhana (coisa que não presta); Calma (calor); Candeio (flor das oliveiras, azinheiras e sobreiros); Chiquear (molhar o chão destinado à eira e fazê-lo calcar com os pés das ovelhas, cabras ou porcos); Copada (copo cheio de vinho); Caqueirada (pancada, punhada); Costa (bolo de farinha e leite cozido no forno); Encalmado (cheio de calor, de calma); Estoiro (queda, trambolhão); Esgalhar (ir desesperado, depressa e por cima de vários obstáculos); Gorpelha (ceira grande de palma, de forma rectangular com duas aselhas); Gramiço (pescoço); Leorna (confusão, desordem, desorganização); Malhar (bater, espancar); Melhadura (gratificação, recompensa); Manhoso (mal feito, mal acabado); Magana (maluca, velhaca); Morraça (lixo); Marimbar-se (deixar, abandonar, desprezar); Orelhada (bofetada, pancada na cara ou nas orelhas); Panito (pão); Pernicão (beliscão).
Este conjunto de palavras e o seu significado pertencem ao pequeno dicionário que o Padre Jorge de Oliveira coligiu e que integra os seus apontamentos históricos e etnográficos sobre Alvalade. A maior parte destes vocábulos já saíram do uso e do falar dos Alvaladenses, por força das alterações sociais das últimas décadas, da influência dos meios de comunicação audiovisuais e do processo de globalização cultural e linguística dos nossos dias. A defesa da identidade cultural de Alvalade passa também pela preservação e valorização deste património linguístico, sobretudo a partir das escolas e junto das gerações mais novas. Sem preconceitos e sempre com orgulho pelas nossas raízes…
_LPR
Trambolho? Catramolho? Tronga? Pinguela? Avondo? Desvarejada?
Bronco.desageitado.mulher mal comportada.ponte rudimentar s/um riacho ou ribeira.já chega, chega que baste. alagamento das margens dum rio (a ribeira vai desvarejada).