Plano da Hidráulica Agrícola – Memória fotográfica

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4 Comentários

Mais um novo e inédito registo fotográfico para o arquivo de Alvalade, novamente relacionado com as obras de limpeza e alargamento do leito da ribeira de Campilhas, obra dos idos anos 30 do século passado. Uma fotografia feita pelo avô do Arqtº Francisco Lobo de Vasconcellos (a quem agradecemos a cedência da fotografia), que integrou a equipa do Plano de Obras da Hidráulica Agrícola para o aproveitamento de Campilhas.

_LPR

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4 Respostas a Plano da Hidráulica Agrícola – Memória fotográfica

  1. Maria Dores Amado   24 de Fevereiro de 2012 at 12:38

    Obrigada por mais esta preciosidade. Obrigada tb Sr. F. L. De Vasconcellos por ter cedido esta quase centenária foto. Quantos requerimentos eu fiz a pedir autorização à Direcção Hidráulica do Tejo para a construção de açudes, para o regadio das terras, quer na margem direita, quer na esquerda da ribeira de Campilhas…eram feitos em papel azul de 25 linhas….

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  2. José do Rosário   24 de Fevereiro de 2012 at 15:09

    Todos os da minha geração se recordam como os rios eram tratados. Haviam os Pegos que no Campilhas, aqui na várzea em frente a Alvalade, tinham o seu quê de mistério e nostalgia. O Pego Redondo, com as suas célebres barreiras grandes, em que só os mais afoitos conseguiam lançar-se para o mergulho. Seguindo para norte, havia o Pego do Anel, para os principiantes na natação e depois junto à ponte de ferro o Pego Verde. Que dizia-se, tinha remoinhos portanto perigoso para os banhos.
    O mais interessante é que os Pegos eram ligados entre si por valas, o que fazia que houvesse sempre água corrente. Os rios eram saudáveis.
    Hoje pelo menos no que toca ao Campilhas e ao Sado aqui em Alvalade servem para receber os esgotos de Alvalade e Mimosa. Num tempo em que se fala tanto (e se faz tão pouco), em proteger o meio ambiente, é uma vergonha o estado lastimoso em que se encontram estes dois rios.
    E para terminar digo-vos que na minha geração toda a gente sabia banhar (nadar), o que surpreendia, quando já na guerra do Ultramar, os Alvaladenses e sendo Alentejanos eram os mais afoitos em operações quando era preciso atravessar rios.

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  3. admin   24 de Fevereiro de 2012 at 16:43

    Pertenço, talvez, às últimas gerações que ainda tiveram oportunidade de se refrescar em muitos desses pegos e outros, nos verões quentes de Alvalade. Eram as praias da rapaziada de Alvalade, e onde eram passadas muitas horas das férias grandes escolares. Hoje isso é impossível. A água desaparece rapidamente das ribeiras e a pouca que existe está contaminada.
    Penso que ao longo dos anos faltaram políticas e projectos de valorização dos nossos cursos de água, cujo uso se reume praticamente à agricultura enquanto há água.
    A freguesia teria muito a ganhar com uma aproximação aos seus cursos de água, valorizando e potenciando esses recursos noutros contextos para além da agricultura. Um dos casos mais graves que já não era para existir tem a ver com os esgotos da Mimosa que são descarregados todos os dias no rio Sado, sem qualquer tratamento. Não há biodiversidade que aguente…
    A Mimosa terá talvez meio século de existência, mais coisa menos coisa, e há muito que devia ter uma solução para o tratamento dos seus esgotos. É inacreditável como é que em pleno século XXI ainda convivemos com uma situação destas, que todos os dias vai delapidando e destruindo a biodiversidade do rio Sado.
    _LPR

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  4. José Raposo Nobre   24 de Fevereiro de 2012 at 17:31

    Também recordo os pegos das ribeiras onde os meus amigos se banhavam. Eu nunca fui, porque os meus pais não deixavam, habituados à praia de Sines onde passavamos as férias nos meses de Verão, temiam possiveis perigos.
    Neste ano de seca estou a procurar fotos das cheias para publicação no m/blog. Sei que o grande número de visualizações são feitas através do Alvalade.info, segundo as estatisticas, aproveito para anunciar que ontem fiz uma justa homenagem a Zeca Afonso, nos 25 anos do seu falecimento.
    JRN

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