Em 1749, D. Frei Miguel de Távora, Arcebispo de Évora, em visita ordinária à freguesia de Alvalade deu o seguinte provimento à Misericórdia:
Nº 19 – Fomos informados de que o Provedor e demais irmãos da Misericórdia desta vila recebem os rendimentos da Ermida do Espírito Santo, e por este motivo são obrigados a fabricar com eles a dita ermida pelo que mandamos ao recebedor dos ditos rendimentos da Ermida do Espírito Santo, que (…).
Nº 20 – Vimos a igreja da Misericórdia desta vila mui falta de ornamentos, ainda que no mais, suficientemente composta e asseada e como é também grande obra de misericórdia prover a sua igreja de ornamentos decentes, admoestamos o Provedor e mais irmãos da Misericórdia d’esta Vila, que, dentro de um ano, façam.
Nº 30 – Que não deve celebrar-se missa alguma, nas capelas ou na Misericórdia, antes da missa paroquial, excepto a missa d’ alva para os pastores.
Nº 31 – Quando na Igreja da Misericórdia desta vila se fizer a exposição do Santíssimo, o Revº Prior deve observar se se faz com a decência devida, e com os trinta lumes litúrgicos.
Em 27 de Novembro de 1755, o Dr. Luis Gomes Genões, visitador ordinário em nome do Arcebispo de Évora, D. Frei Miguel de Távora: “Vi a igreja da Misericórdia incapaz de se celebrarem nela os ofícios divinos, ameaçando uma grande e considerável ruína, pelo que mando aos administradores da mesma, que dentro de oito meses reparem a mesma igreja, e não menos a do Divino Espírito Santo, que tendo esta menos ruína, com menos custo pode ser reparado em menos tempo”.
_Apontamentos históricos do Padre Jorge de Oliveira (1865-1957), pároco de Alvalade entre 1908 e 1936, para uma monografia que não chegou a publicar.
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