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Terminada a apanha do tomate, das uvas (em Conqueiros), do milho, entre outras, sempre ficava qualquer coisa nos campos de Alvalade… Era tempo de ‘ir ao rabisco’! Pais e filhos percorriam os campos da freguesia para recolher o que os proprietários e lavradores não tinham interesse, nas suas terras.
Ao rabisco não está associada nenhuma conotação de prática de um acto de furto, mas sim de dar aproveitamento ao que é excedente das culturas e que os proprietários e lavradores não perdem tempo a recolher. Ainda não há muitos anos era comum ver os rabiscadores alvaladenses nos ‘esqueletos’ dos tomatais ao redor da vila, de balde na mão e palmilhando cada rego à cata dos melhores tomates que ainda restavam na terra. E que jeito davam essas sobras dos tomatais para guardar na arca frigorífica ou para fazer doce de tomate…
Hoje são muito poucos em Alvalade que ainda vão ao rabisco, um ancestral costume que se tem perdido na espuma do tempo.
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