O místico Quintal do Mira…

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Em 1904, no testamento do abastado proprietário Francisco Mira Pinheiro, originário de Azinheira dos Barros e possuidor de vários e avultados bens em Alvalade, constavam “(…) metade d’uma morada de casas térreas com 14 compartimentos, dois celeiros, casas de tulhas, depósito de azeite, adega, casa de destilação, cavalariça, palheiro e quintal“, avaliadas em 350 mil réis, situadas na rua de Lisboa. Desse património, há muito alterado e alienado, apenas sobrevivem as ruínas do “Quintal do Mira”, um espaço isolado ou pátio com acesso pela rua Atrás dos Quintais que outrora acomodou várias famílias, quase sempre de posses modestas, e que até há menos de trinta anos era encerrado por um portão de madeira.
O Quintal do Mira foi também um dos principais espaços místicos da vila. Os antigos moradores do Quintal, alguns ainda vivos, relataram ter presenciado alguns fenómenos paranormais na sua casa (coisas muito estranhas e assustadoras, como referiam), como objectos que mudavam de lugar sozinhos, velas que acendiam e apagavam, ruídos estranhos, entre outros, e a entrada do espaço (na fotografia) foi também um dos locais da vila mais assombrados pelo fantasma do Padre Bernardo com aparições ‘registadas’ até ao primeiro terço do século passado…
_Luís Pedro Ramos

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